Passeio de trem

Com a pequenina de férias e eu e o maridão trabalhando fico inventando programas pra ela poder curtir um pouco. Alguns dias vai para colônia de férias com Mariana, Pedro e Lucas. Outros dias vai para casa da vovó Rê e do vovô Dudu, que também se preocupam em fazer programas legais (teatro, cinema, parque, etc).  Em outros passa a tarde ou a manhã na casa dos amiguinhos do prédio e eles também lá em casa. Domingo já está garantido o show do Palavra Cantada e semana que vem vamos passar o dia no Vale Verde (que ela já foi e amou!).

Ontem, quarta-feira, tiramos o dia de folga para passearmos com a Florzinha. Quando ela acordou foi logo dizendo "mamãe, hoje nós três estamos de férias, né, obaaaa!". Viajamos e fizemos o delicioso passeio de trem de Mariana até Ouro Preto. Larissa achou mais demorado do que avião (rsrsrs) mas gostou muito! Ouvia atentamente o som da locomotiva. Não fazia "piuí", fazia "fuuu". Na estação ferroviária de Mariana tem uma praça d-e-l-i-c-i-o-s-a que ela adorou. É uma praça musical, com vários instrumentos em aço: super bacana. "No Ouro Preto", como disse a Larissa, passeamos na feira de artesanato e ela ficou encantada com os bichinhos feitos em pedra sabão. Trouxe um golfinho pra fazer companhia pro gatinho de madeira que cuida dos peixinhos do nosso aquário. Fomos também ao Museu da Inconfidência e a uma igreja - ela ficou meio impressionada com as cruzes e o Jesus que viu... preso, sofrendo, triste... mas daí expliquei que tudo foi para nos salvar (essa conversa merece outro post).

Que delícia mostrar e fazer coisas novas com nossa Amorinha!

Criança tem que mais é que viver ao máximo a infância, a fantasia, as bagunças, as invenções e o lúdico, ainda mais quando está de férias. E os papais aqui curtem muito e dão linha pra imaginação dela!

Arte

Larissa fez uma excursão na escola. Foi à exposição de Caravaggio e De Chirico, na Casa Fiat de Cultura. Na volta me contou lindamente como foi a experiência:

Alguns com rosto mas sem olhos, nariz e boca, e nem nada, sabe mamãe. Aí, faz assim (ela tampa os meus olhos com suas mãozinhas pequeninas) imagina a cor dos olhos, a forma da boca, do nariz e tudo, mamãe, até do cabelo. Imaginou? Então pronto, viu! (e destampa os meus olhos). Tinha também, mamãe, uma pintura horrível, com o rosto todo vermelho de sangue. Não gostei de jeito nenhum dessa. Era muito horrível. Tinham umas esculturas também mamãe.


Depois de uma pausa reflexiva:


- Mamãe, mulher pode ser artista, né, claro, né, mamãe? 
- Claro, filha!
- Eu sou artista, né, mamãe?
- Você faz muitas artes lindas, amor.
- Mamãe, e você também é artista, né?
- Eu não sou não, filha.
- Ah, mamãe, então vou te ensinar tudo pra você ser artista também igual eu, tá!

E o coração da mãe fica assim, cheio de orgulho, alegria e um prazer delicioso de poder participar, ver, viver, assistir e curtir essas coisas.